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2009-11-26
SALOMÃO RODRIGUES
Com mais de 140 mil utentes, oito mil dos quais sem médico de família, e 11 extensões de saúde a seu cargo, o Centro de Saúde de Santa Maria da Feira tornou-se num dos mais problemáticos do país.
Uma realidade que pode agudizar-se com a possível "fuga" de médicos para as Unidades de Saúde Familiar (USF) dos concelhos vizinhos. Mas o descontentamento de quem recorre ao serviço já foi pior.
Na última década, a sede do Centro de Saúde foi palco de um cenário frequente onde os utentes, depois de esperarem horas a fio para conseguirem marcar uma consulta, faziam ouvir os seus protestos de forma inflamada. Mas o surgimento de oito USF no concelho, uma das quais junto à sede do Centro de Saúde, veio minimizar os queixumes dos últimos meses.
"Antigamente era necessário vir de madrugada para conseguirmos marcar uma consulta, mas agora está muito melhor", afirma Mabilde Oliveira. Esta utente confirma que já é possível ser atendido "no mesmo dia" através da consulta aberta.
Para o utente Fernando Lino, os 30 dias que em média espera para conseguir uma consulta é o maior problema. "Um mês à espera de uma consulta obriga-nos à auto-medicação ou a ir entupir as urgências do Hospital S. Sebastião", considera.
As queixas pioram nas extensões de saúde no interior do concelho, onde a falta de médicos é mais notada. Nas freguesias de Canedo e Milheiros de Poiares há cerca de seis mil utentes sem médico de família.
Para a fraca satisfação dos feirenses não será, ainda, alheio o facto de cada médico do Centro de Saúde ter a seu cargo cerca de dois mil utentes. O JN sabe que a abertura de novas USF fora do concelho (S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis) está a colocar em causa a permanência de alguns desses clínicos.
Acresce uma rede informática obsoleta com problemas frequentes e a falta de pessoal auxiliar.
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